22 fevereiro 2012

Briga entre adversários políticos deixa clima tenso em município da Região Celeiro

O motivo seria o concurso público realizado em outubro do ano passado 
Em ano eleitoral, mais uma vez a rivalidade política local extrapola o limite do direito a liberdade de expressão e provoca a discórdia e rixas entre pessoas de uma mesma comunidade, como já aconteceu em outras cidades da nossa região. Desta vez, o mau exemplo parte dos ânimos exaltados de alguns políticos, funcionários públicos e moradores de Bom Progresso. O motivo seria o concurso público realizado em outubro do ano passado e que foi anulado pela Justiça devido a indícios de irregularidades. Outra causa para os desentendimentos na comunidade foi a não aprovação pelos vereadores do município de um projeto enviado pelo Executivo, que criava cerca de 85 cargos emergenciais. Os edis aprovaram a criação de apenas 27 cargos de emergência, priorizando a contratação de professores. Essa decisão não agradou aos interessados que tomaram as dependências da Câmara.
Ofensas morais e palavras de baixo calão foram registradas na primeira sessão ordinária do ano e o presidente da Câmara de Vereadores de Bom Progresso, João Pedro Ferreira de Campos, teve que suspender os trabalhos legislativo. Além disso, secretários municipais são acusados de agredirem o vereador Leodomir Wiebling, autor da denúncia de fraude no concurso. Wiebling teria sido ameaçado ainda por outro secretário, em frente à sua própria residência. Por decisão do Judiciário da Comarca de Três Passos, os dois secretários envolvidos nos episódios terão que permanecer distantes 200 metros da casa do vereador e de seus familiares.
O desentendimento gerou uma sensação de insegurança na comunidade. Estabelecimentos comerciais e bares estão fechando suas portas mais cedo à noite temendo confrontos entre as partes envolvidas. Muitos moradores não saem mais de casa com medo de se envolverem em discussões e brigas.
A próxima sessão da Câmara de Bom Progresso está marcada para o dia dia 27. Ainda não está decidido se ela será a portas fechadas. Por medida de segurança, existe até mesmo a possibilidade extrema de a sessão ser realizada em outra cidade para evitar novos conflitos entres os moradores.