A Polícia Civil, através do Delegado Willian Garcez, titular da DP de Crissiumal e que também responde pela DP de Coronel Bicaco divulgou na manhã desta quinta-feira o resultado da “Operação Cegonha” que tinha como objetivo investigar os crimes de estelionato, falsificação de documentos público, falsidade ideológica, fraude contra o sistema financeiro nacional e formação de quadrilha. Além de apreender o maior número possível de veículos adquiridos mediante fraude e identificar o maior número possível de indivíduos envolvidos e integrantes da quadrilha.
A operação teve inicio em Coronel Bicaco no dia 28 de fevereiro de 2011 e ao todo foram apreendidos 11 veículos, sendo que um deles fora localizado no estado do Paraná. A quadrilha atuava em todo o estado e em municípios de Santa Catarina. Há outros veículos investigados cuja apreensão foi solicitada à Justiça Federal, uma vez que se trata de crime contra o sistema financeiro nacional. Pelo menos onze pessoas estão envolvidas nos fatos. A quadrilha pratica falsificação de documentos e fraude ao sistema financeiro nacional. A quadrilha criou uma empresa fantasma (CARIL – Comércio Agrícola Riograndense), em nome de pessoa falecida no ano de 2004, que supostamente teria sede na cidade de Palmeira das Missões. O proprietário do imóvel referiu que tal empresa nunca existiu. A quadrilha falsifica documentos simulando o depósito de Grãos. A empresa foi criada em 1997.
O inquérito foi concluído ainda no ano de 2011, porém foi mantido sigilo, uma vez que a Autoridade Policial estava aguardando manifestação da Justiça Federal e da Procuradoria de Justiça sobre o caso, notadamente porque havia representação por outras medidas cautelares, inclusive de prisão. Os indiciados foram denunciados em abril de 2012. Estão envolvidos no golpe dois advogados, vereadores, pastores, professores da rede pública de ensino, dentre outros. Foi apurado cerca de 15 veículos adquiridos mediante fraude (onze foram apreendidos e alguns já foram recuperados pela financeira).
De posse de informações preliminares, deu-se início a uma série de procedimentos investigatórios, a fim de apurar os envolvidos na empreitada criminosa e determinar a extensão dos danos causados a terceiros, bem como localizar o máximo número possível de veículos adquiridos mediante fraude.
Com o desenrolar das investigações, apurou-se que, além das vítimas (pessoas físicas) ludibriadas para a aquisição de veículos em seu nome sem o seu conhecimento, o sistema financeiro nacional também estava sendo lesado, uma vez que a quadrilha adquiria os veículos por meio de documentos falsificados, constituindo verdadeira organização criminosa.
Os veículos investigados foram adquiridos por meio da falsificação da renda do adquirente, ou suposto adquirente. Em alguns casos ainda, fora apresentado comprovante de residência falsificado para dificultar/impossibilitar a localização dos automóveis em caso de busca e apreensão por parte da instituição financeira.
O primeiro, se refere aos veículos adquiridos em nome de terceiros (vítimas de estelionato), que, ludibriados, passavam seus dados pessoais e/ou assinavam documentos enganados. Tais veículos permaneciam por um período com a quadrilha e, tão logo se ingressasse com ação revisional do valor das parcelas, seriam revendidos a outras pessoas.
O segundo, se refere aos veículos adquiridos para terceiros (coniventes e/ou integrantes da quadrilha) que forneciam seus documentos e/ou acompanhavam a negociação do veículo, fornecendo documentação falsa (notadamente a renda) para a sua aquisição e, da mesma, forma, esperavam o ingresso de ação revisional para a redução dos valores das parcelas.
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