A idade do doador é menos importante do que o estado do órgão a ser doado |
A doação de órgãos sempre foi um tema bastante polêmico, e cada vez que se vê a possibilidade de existir um possível doador surgem diversas dúvidas. Doação de órgãos e tecidos é a remoção destes do corpo de uma pessoa que recentemente morreu (doador cadáver) ou de um doador voluntário (doador vivo), com o propósito de transplantá-lo ou fazer um enxerto em outras pessoas vivas. Os órgãos e tecidos são removidos com procedimentos similares a uma cirurgia, e todas as incisões (cortes) são fechadas após a conclusão. Estes procedimentos são realizados para que a pessoa em seu funeral não seja reconhecida como uma doadora por apresentar deformações e cortes visíveis. Pessoas de todas as idades podem ser doadores de órgãos e tecidos.
A idade do doador é menos importante do que o estado do órgão a ser doado; no entanto é raro serem usados órgãos de pessoas com mais de 70 anos de idade. No mundo inteiro há uma grande falta de doadores e isso faz com que surjam grandes listas de espera. Muitos pacientes que esperam um coração, um fígado ou um pulmão morrem, pois não há nenhum órgão à disposição.
O Hospital São Vicente de Paulo por ser uma referência regional em diversas áreas, busca mais uma qualificação para ajudar a salvar vidas através da doação de órgãos. Para tanto, recebeu na semana passada a visita de uma comissão formada pelo enfermeiro Maurício Zangirolami do Banco de Tecidos Muscoesquelético do HSVP de Passo Fundo e da enfermeira da Organização e Procura de Órgãos (OPO) da Secretaria de Saúde do Estado, Fabiana Del Conte, com o objetivo de criar junto ao Hospital a Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante, CIHDOTT. Na ocasião foi efetuada uma reunião da qual participaram a diretora do HSVP de Três de Maio, Irmã Denise Miranda a Psicóloga Lizângela Krolikowski e o Gerente Assistencial Paulo César Pich.
A equipe do CIHDOTT do HSVP terá a coordenação do Dr. Jean Carlo Stumpf Zanette, tendo como vice-coordenador Paulo César Pich. A secretaria ficará a cargo da assistente social Fabiane Froeder. Somando-se a estes profissionais está o Dr. Clóvis Eduardo Tomasi, a psicóloga Lizângela Krolikowski e mais uma equipe de apoio.
A formação desta comissão só é possível em virtude do HSVP estar enquadrado dentro das normas, dentre elas, a de possuir mais de 80 leitos UTI e equipe capacitada. A partir do regulamento técnico do Sistema Nacional de Transplantes, que é o órgão federal que regula todo o funcionamento dos processos de doação, irão se cumprir uma séria de exigências protocolares por parte do HSVP, as quais serão acompanhadas pela OPO, que dará todo o suporte para que a CIHDOTT do hospital venha a funcionar o mais breve possível, devendo levar entre 3 e 4 meses.
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