Órgãos de saúde traçam nova estratégia para combater avanço da doença (Foto: Reprodução RBS TV) |
Embora o governo ainda não considere uma epidemia, o número crescente de casos confirmados de gripe A no Rio Grande do Sul causa preocupação entre a população. Segundo reportagem do RBS Notícias, algumas escolas do interior do estado estão cogitando antecipar as férias de inverno para evitar a contaminação entre os alunos. Até agora, 15 pessoas já morreram no estado em 2012 em decorrência da doença.
Em São Borja, na Fronteira Oeste, as escolas da rede estadual podem antecipar o início das férias de inverno para a próxima segunda-feira (9). A proposta foi aprovada nesta quinta (5) durante reunião entre membros da 35ª Coordenadoria Regional de Educação, da prefeitura local e dos órgãos de saúde, mas ainda depende de autorização da Secretaria Estadual de Educação. O órgão aguarda posicionamento da Secretaria Estadual de Saúde (SES), nesta sexta-feira (6) antes de autorizar os CREs a deliberarem.
Em Porto Alegre, houve confusão nos postos de saúde em relação a vacinação. Algumas unidades estavam vacinando pessoas fora dos grupos de risco. Depois, a prefeitura informou que vai reforçar a orientação de limitar as doses para gestantes, crianças de seis meses a dois anos, idosos, doentes crônicos e profissionais de saúde, incluídos no grupo de risco.
As regras são as mesmas para a maioria dos municípios, menos para as cidades que já atingiram a meta, como Cruz Alta, no Noroeste. Nesta quinta-feira, secretários de saúde e representantes de hospitais se reuniram para definir ações na região, que registra o maior número de casos de gripe A – 11 só em Cruz Alta e outros 12 nos demais municípios.
á que não há doses suficientes da vacina para toda a população, a estratégia agora é reforçar o tratamento. A SES diminuiu as exigências para solicitar o antiviral Oseltamivir, conhecido como tamiflu e indicado para o combate ao vírus H1N1. Basta apresentar a receita do médico para receber o medicamento. A mudança faz parte da nova estratégia para combater o avanço da doença.
“Não esperem que tomando um chazinho, tomando um comprimidinho em casa que vá resolver. No início da síndrome gripal, com febre acima de 38 graus, recomenda-se usar a medicação. Tem em abundância, está à disposição da população, e é gratuita”, declarou o secretário estadual da Saúde, Ciro Simoni, durante entrevista coletiva.
Segundo o secretário, cerca de 500 mil unidades do remédio estão disponíveis em postos de saúde, hospitais e farmácias públicas de todo o estado. A SES também anunciou que mais 100 mil doses da vacina contra a gripe A devem chegar nos próximos dias, além das 500 mil já repassadas pelo Ministério da Saúde. Para o ano que vem, os governos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná vão pedir ao ministério que antecipe para março o início da campanha de imunização.
Nenhum comentário:
Postar um comentário