Na tarde de 11 de abril de 2007, o argentino foi preso no interior de Crissiumal com 388 quilos de maconha |
Procurado desde o dia 2 de junho de 2007 por tráfico de drogas, nesta semana a polícia internacional capturou na Argentina o traficante Carlos Alberto da Costa, 46 anos. Na noite desta quarta-feira, 04, agentes da Interpol apresentaram o foragido, conhecido como El Camaléon, à penitenciária de Três Passos, onde permanecerá à disposição da justiça.
Na tarde de 11 de abril de 2007, o argentino foi preso no interior de Crissiumal com 388 quilos de maconha. A droga, distribuída em 426 tijolos, estava em uma caminhonete Ranger, com placas do país vizinho. Até então essa era a maior apreensão de drogas efetuada na Região Celeiro.
O traficante, na época, residia na cidade de Dois de Maio, situada a cerca de 50 quilômetros de El Soberbio, onde era comerciante, proprietário de uma rádio cultural e político. Ele revelou que a maconha era proveniente do Paraguai e que era a terceira vez que trazia drogas para o Brasil. Os 388 quilos de maconha seriam entregues a traficantes de Três Passos, que posteriormente distribuiriam a droga na região de Porto Alegre.
Na tarde de 2 de junho de 2007, o traficante foi baleado próximo à Alfandegaria Argentina, em El Soberbio. Na primeira versão, ele afirmou que fugiu da polícia brasileira e foi baleado por seus comparsas, em solo argentino. No dia seguinte, disse que foi baleado por um delegado de polícia brasileiro quando se realizavam diligências na Argentina. El Camaléon insinuou que policiais gaúchos seriam coniventes om o tráfico de drogas e estariam interessados em sua morte. Essas versões foram publicadas no jornal "PrimeiraEdición", de Posadas.
Em entrevista à uma rádio local, no dia 5 de junho de 2007, o então delegado de polícia regional Jorge Luis Soares revelou que o argentino saiu do presídio, com autorização judicial, para participar nos dias 1º e 2 de junho de uma diligência policial, em solo brasileiro, relacionada ao crime cometido no dia 11 de abril. O traficante teria concordado em colaborar com as investigações, prometendo indicar locais por onde a droga passou para o lado brasileiro e identificar pessoas envolvidas. O delegado Alexandre Augusto Wegner, responsável pelo caso, de dirigiu até Porto Soberbo com o preso e dois policiais. Para prosseguir as diligências, eles atravessaram o Rio Uruguai de canoa até El Soberbio, quando El Camaléon teria teria agredido o policial. Mesmo caído, o delegado teria efetuado três disparos contra o traficante, acertando-lhe um trio no pescoço. Alexandre Wegner retornou ao Brasil e comunicou o fato à Delegacia de Polícia Regional.
Jorge Luiz Soares, na entrevista, admitiu que o colega agiu de forma ilegal ao ingressar na Argentina sem autorização judicial. "O delegado pode ter cometido um erro, mas sua idoneidade é incontestável", afirmou.
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