06 julho 2012

São Luiz Gonzaga: Repercute o caso da prisão de ex-prefeito, ex-jurídico e ex-secretário do município

“Ao invadir o escritório de Cláudio, o promotor jogou
por terra toda a operação”, afirma advogado de Vicente
Em entrevista ao programa Olho Vivo desta quinta-feira (05), o advogado de defesa de Cláudio Cavalheiro e Vicente Diel, Leudo Costa, comentou o processo que envolve seus clientes. Ele defendeu sua posição, alegando que o Ministério Público executou um ato político ao realizar as prisões do ex-prefeito, ex-assessor jurídico e ex-secretário de obras.

Para Leudo, esta é uma tentativa de cercear a autonomia das cidades para tratar seus recursos naturais. Assim, essa seria uma briga pelo poder de tratamento e distribuição de água. Ele classifica como irresponsabilidade a entrada nos agentes na casa de Cláudio Cavalheiro, invadindo seu escritório e violando os documentos de seus clientes: “Ao invadir o escritório de Cláudio Cavalheiro, o promotor jogou por terra toda a operação”, declara.

Outro ponto ressaltado pelo defensor é o momento em que foi realizada a prisão: exatamente dois dias antes da homologação da candidatura de Dilamar Batista. Leudo acredita que isso é prova de que a prisão foi um ato político, pois seus clientes não cometeram nenhum crime. Ele salienta ainda que o processo é tão frágil que já foram negados dois pedidos de habeas corpus. “Se, como disse o delegado, as escutas foram feitas a partir de outro processo, foram, possivelmente, sem autorização e provas feitas a partir de escutas de ligações sem autorização não podem valer para esse processo”, enfatiza o advogado de defesa.

Ele ainda criticou o horário da prisão e o destaque dado pela imprensa estadual para a operação. "Não precisava de todo esse circo, isso é uma jogada política do Ministério Público", finaliza.

Dinamárcia disse que MP está tranquilo em relação como
efetuaram a operação Guarani
Em resposta as acusações feitas pelo advogado Leudo Costa, defensor do Cláudio Cavalheiro e Vicente Diel, a promotora Dinamárcia Maciel de Oliveira afirmou, em entrevista à Rádio São Luiz, que todas as ações realizadas na operação Guarani foram legais.

A promotora enfatizou que todos os atos efetivados tiveram respaldo de mandados judiciais, iniciando pela interceptação telefônica revelada em outra investigação, esta por tráfico de drogas. “Não temos nenhum interesse em nos arredar da legalidade, pois somos fiscais da lei, então nosso trabalho só pode ser pautado dentro da legalidade”, confirmou. Ela explicou que o uso do diálogo captado dentro da outra investigação foi autorizado pela justiça. Desde o início esteve a par de todas as ações o juiz André de Oliveira Pires e após sua substituta, juíza Gabriela Dantas Bobsin.

O ex-assessor jurídico da Prefeitura de São Luiz Gonzaga, Cláudio Cavalheiro, preso na operação Guarani nesta segunda-feira (02), teve sua prisão temporária prorrogada por mais cinco dias.

O advogado foi preso juntamente com o ex-prefeito, Vicente Diel e o ex-secretário de Obras, Dilamar Batista, em acusação de fraude em licitação da água e esgoto.

Vicente e Dilamar receberam o alvará de soltura ao meio dia desta sexta, encerrando a prisão temporária de 5 dias.

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