O procedimento surgiu no Brasil em 1990 nas UTI neonatal, e em 1995 na UTI adulta |
Capacitação em Cateterização Central de Inserção Periférica visa qualificar profissionais para um serviço que está sendo avaliado para a implantação na instituição
A coordenadora das Unidades de Internação/Centro Obstétrico e da Unidade Betânia, enfermeira Adriane Freoder Kleinpaul, e a enfermeira assistencial Patrícia Roberti, do Hospital São Vicente de Paulo, de Três de Maio, participaram nos dias 13 e 14 de agosto do curso de Cateterização Central de Inserção Periférica, realizado no centro de treinamento C-Vist, em Porto Alegre, e ministrado pelas enfermeiras Anaelí B. Peruzzo e Circe Santos Moraes.
O procedimento surgiu no Brasil em 1990 nas UTI neonatal, e em 1995 na UTI adulta. “Esta capacitação contribui para melhorias em nosso trabalho, visando a obtenção e manutenção de um acesso venoso que assegure a eficácia do tratamento e a qualidade da assistência na terapêutica intravenosa. É uma prática recente que está sendo avaliada para a implantação em nossa instituição, pois o enfermeiro precisa primeiramente desta capacitação para realizar este tipo de procedimento, conforme a resolução 258/2001 do Cofen”, explica Adriane.
Segundo ela, este novo tipo de procedimento vem em acarretar melhorias aos pacientes, que por muitas vezes são de difícil acesso venoso. “Há vários critérios a serem avaliados pelo profissional que irá realizar este procedimento. É de fundamental relevância que a equipe conheça todos os cuidados de enfermagem necessários para a atividade e tenham o consentimento e a autorização da família. O curso significa um crescimento para a instituição e para os profissionais que atuam na área”, complementa a enfermeira do HSVP.
PIC Cateterização
Quanto ao procedimento, Adriane explica que se trata de um cateter longo, de oito a 75 centímetros, flexível, inserido em uma veia periférica, progredindo através desta até o sistema venoso central. “A técnica de punção é simples, mas tendo um cuidado especial, utilizando formas de assepsia indicadas e um manejo estéril do procedimento. É indicado em pacientes com nutrição parenteral, medicação endovenosa por um longo período, antibioticoterapia com mais de sete dias de infusão, múltiplas medicações, medicações intermitentes, infusão rápida de fluídos, derivados sanguíneos, monitorização hemodinâmica, obtenção de via venosa em crianças sem condições de acesso periférico, infusão uniforme e contínua de drogas vasodilatadoras, aminas vasoativas – que são medicamentos de uso corriqueiro nas UTIs e apresentam efeitos vasculares periféricos, pulmonares ou cardíacos -, soluções hipertônicas, vesicantes ou irritantes.”
A enfermeira relata ainda que após realizado este procedimento, é solicitado um Raio-x de contraste, que evidencia o trajeto e confirmação da localização deste cateter, dando início ao tratamento. “Podemos utilizar as seguintes veias para a punção: basílica, cefálica temporal, poplítea, jugular e axilar. É mantida a manutenção diária, com inspeção e troca do curativo pela enfermeira. O uso deste cateter está em grande expansão, com resultados positivos”, finaliza Adriane.
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