O Mato Grosso é o principal polo de produção da oleaginosa no país |
SÃO PAULO (Reuters) - A ferrugem asiática da soja, doença que pode causar grandes prejuízos às lavouras, poderá chegar mais cedo e de forma mais virulenta nas plantações de Mato Grosso, alertou nesta sexta-feira (31-08) a Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária do Estado (Fundação MT).
O Mato Grosso é o principal polo de produção da oleaginosa no país, onde o plantio de uma esperada safra recorde começará em duas semanas.
Muita soja guaxa (aquela que nasce de grãos perdidos na colheita anterior) com vestígios do fungo causador da doença foi detectada em várias regiões do Estado, alertou a entidade.
"Descuido por parte de alguns produtores e o clima contribuíram para que as plantas guaxas se desenvolvessem nos entornos das fazendas e às margens das rodovias", disse a Fundação MT em nota.
A ferrugem reduz a produtividade da soja através da queda precoce das folhas da planta.
A doença causou bilhões de reais em prejuízos desde que apareceu no Brasil no início da década passada, mas tem sido mantida sob controle nas últimas safras às custas de pesados investimentos em defensivos e técnicas de manejo.
Na safra 2011/12 foram registrados 265 casos no país, contra quase 3 mil casos na safra 2008/2009, segundo dados do site do Consórcio Antiferrugem, coordenado pela Embrapa Soja.
A maior receita da indústria de defensivos com fungicidas vem de gastos decorrentes para o combate da ferrugem.
"Produtor que não quer ter novamente prejuízos por causa deste terrível inimigo da lavoura, não pode subestimar a ameaça da doença na próxima safra", disse a Fundação MT.
"Além disso, o clima indica fortemente que a ferrugem pode chegar mais cedo e mais virulenta", destacou o pesquisador Fabiano Siqueri, da Fundação MT, na nota.
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