16 fevereiro 2013

Calor dos últimos meses no RS deixa municípios em alerta contra a dengue

Em Ijuí, a prefeitura vai retomar os mutirões de combate
ao mosquito transmissor da doença
O calor intenso que vem sendo registrado nos últimos meses no Rio Grande do Sul favorece a proliferação do Aedes Aegypt, o mosquito transmissor da dengue. Secretarias de Saúde de alguns municípios do Rio Grande do Sul já estão em alerta e promovem ações para eliminar os focos do inseto. Em Ijuí, a prefeitura vai retomar os mutirões de combate ao mosquito transmissor da doença.

"A gente pretende envolver um número significativo de pessoas em uma atividade de mobilização, de conscientização da população. Precisamos de uma mudança de atitude no combate à dengue", disse Adriano Lorenzoni, Coordenador da Vigilância Ambiental de Ijuí.

A aplicação de inseticida, feita na manhã desta sexta-feira (15) em Porto Alegre, atingiu áreas próximas ao local onde foi registrado um caso autóctone de dengue - quando a doença foi contraída na própria cidade.

Armadilhas usadas para monitorar a presença do Aedes Aegypt mostraram que 4,5% das residências da capital estão infestadas. O uso de inseticidas pode matar mosquitos adultos, mas se os criadouros não forem removidos, outros insetos nascem em menos de uma semana.

"Temos dias muito quentes. Períodos de chuvas esparsas e depois esquenta de novo. Isto é propício para o aumento da proliferação do mosquito da dengue", disse Anderson Araújo de Lima, coordenador adjunto da vigilância em saúde de Porto Alegre.

Em Santa Rosa, na Região Noroeste do estado, a infestação é de 4,6% das residências. O gerente da Vigilância Sanitária alerta para o risco de uma epidemia.

"A comunidade tem que se mobilizar e fazer o seu papel. Eliminar os lixos. Não deixar locais que acumulem água que é o local que o mosquito se prolifera. Sem a ajuda da comunidade, fica difícil eliminar a dengue", disse Marco Antônio Aurélio, gerente da Vigilância Sanitária do município.

A dona de casa Patrícia Monteiro dos Santos já teve dengue. Hoje ela cuida muito bem do pátio, com medo de uma nova contaminação.
"É horrível. Não quero pegar de novo", disse ela.