05 março 2013

Ladrão é flagrado arrombando loja no Menino Deus

Foto: arquivo pessoal / arquivo pessoal
A manhã de segunda foi de decepção para uma comerciante de 53 anos do Bairro Menino Deus. Ao chegar a sua loja, a Ótica Milano, na Avenida José de Alencar, ela descobriu que um ladrão abrira um buraco na parede dos fundos e levara parte do estoque. Mas o pior ela estava por saber.

Na tarde de domingo, um vizinho fotografou o criminoso em ação e chamou a Brigada, que demorou demais a chegar.

- A gente trabalha, paga imposto e o mínimo que a gente pede é segurança. Nem a Brigada nem a empresa de segurança vieram - contou a mulher, que, pediu para não  ser identificada.

O ladrão levou armações de vários modelos e um notebook - tudo avaliado em cerca de R$ 20 mil. Então, o alarme disparou.

- Por isso, fugiu e deixou coisas pra trás - disse a mulher, cuja loja já foi atacada três vezes em um ano.

Ela critica a empresa de segurança particular:

- Disseram que foi um evento. Perguntei o que era “evento” e disseram que acharam que tinha sido queda de luz.

Empresa dá a sua versão

Funcionário da Embeck Segurança, João Marques explica:

- O alarme tocou às 17h58min31s. E parou às 17h58min50s. Fui ao local, pela frente, porque não tenho acesso ao prédio. Como foi por pouco tempo, poderia ser um roedor ou um disparo acidental, e a gente não chama o cliente, até para não assustar. A gente não conseguiu ver o buraco.

SEMPRE UMA PRIORIDADE, MAS...

Conforme os registros da Brigada Militar, o chamado ao 190 foi feito às 17h40min. Às 17h43min, o 1º BPM, responsável pela área, foi acionado. Só às 18h3min, 23 minutos depois do aviso, uma viatura foi ao local. Os PMs ficaram pouco tempo e saíram.

- Efetuadas as averiguações, não foi constatada ocorrência, tampouco achado o reclamante. Foi tentado contato telefônico com o solicitante, que não foi encontrado. Não se pode ficar muito tempo nas ocorrências, há muitas - informa o chefe do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública, major Gilberto Viegas.

Segundo o major, o 190 recebe em média cerca de 4,1 mil chamadas por dia, das quais 20% são trotes. Sobre o tempo de 20 minutos, o oficial comparou:

- Depende do tipo de ocorrência. Indivíduo arrombando é sempre uma prioridade, mas se há na mesma área um assalto a mão armada, por exemplo, se torna prioridade.