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Água de poço adicionada ao leite era coletada em propriedade rural de Ibirubá (Foto: MP/Divulgação) |
A água de poço usada por um grupo de transportadores suspeitos de adulterar leite cru no Rio Grande do Sul estava contaminada por coliformes fecais. É o que diz o resultado da análise recebida nesta terça-feira (14) pelo Ministério Público.
A amostra da água foi coletada em uma propriedade rural de Ibirubá, no Noroeste do estado, na última quarta-feira (8), durante a operação Leite Compensando. Segundo o MP, a propriedade pertence ao pai do dono de uma transportadora de leite. Ambos estão presos preventivamente.
Conforme as investigações do MP, a fraude ocorria entre a compra do leite cru na propriedade rural e o transporte para os postos de resfriamento. No meio do caminho, os caminhões eram levados para a propriedade rural, entre outros locais, onde ocorria a adição de água e ureia, substância que contém em sua composição formol, considerado cancerígeno.
O laudo feito pelo laboratório de análises físico-químicas e microbiológicas da Universidade do Vale do Taquari (Univates) constatou a presença de coliformes fecais na água, bem como a ausência de cloro. O que significa que a água não era própria para consumo humano.
“Ocorreu uma dupla fraude, porque, além das substâncias como ureia e formol, a água utilizada também era imprópria para o consumo”, afirmou o promotor de Defesa do Consumidor, Alcindo Luz Bastos da Silva Filho.