15 maio 2013

Água usada em fraude do leite no RS continha coliformes fecais, diz MP

Água de poço adicionada ao leite era coletada em propriedade
rural de Ibirubá (Foto: MP/Divulgação)
A água de poço usada por um grupo de transportadores suspeitos de adulterar leite cru no Rio Grande do Sul estava contaminada por coliformes fecais. É o que diz o resultado da análise recebida nesta terça-feira (14) pelo Ministério Público.

A amostra da água foi coletada em uma propriedade rural de Ibirubá, no Noroeste do estado, na última quarta-feira (8), durante a operação Leite Compensando. Segundo o MP, a propriedade pertence ao pai do dono de uma transportadora de leite. Ambos estão presos preventivamente.

Conforme as investigações do MP, a fraude ocorria entre a compra do leite cru na propriedade rural e o transporte para os postos de resfriamento. No meio do caminho, os caminhões eram levados para a propriedade rural, entre outros locais, onde ocorria a adição de água e ureia, substância que contém em sua composição formol, considerado cancerígeno.

O laudo feito pelo laboratório de análises físico-químicas e microbiológicas da Universidade do Vale do Taquari (Univates) constatou a presença de coliformes fecais na água, bem como a ausência de cloro. O que significa que a água não era própria para consumo humano.

“Ocorreu uma dupla fraude, porque, além das substâncias como ureia e formol, a água utilizada também era imprópria para o consumo”, afirmou o promotor de Defesa do Consumidor, Alcindo Luz Bastos da Silva Filho.