Vereador Larri nega envolvimento em adulteração do leite |
Em Horizontina, a Operação Leite Compensado do Ministério Público Estadual apreendeu ontem na empresa do vereador Larri Lauri Jappe, do PDT, documentos, dois caminhões e 59 sacos de ureia. A receita estadual também encontrou notas fiscais de procedência duvidosa e recolheu o material para ser analisado.
O transportador de leite Larri Jappe, que também é vereador do PDT em Horizontina, destaca que sua empresa efetua transporte de leite para uma plataforma da LBR Foods(Bom Gosto/Lider) com sede em Crissiumal havia pouco mais de 50 dias e que não está envolvida na fraude denunciada. Ele possui cinco caminhões e coleta matéria-prima de 300 familias.
A sede da empresa em Vila Cascata do Buricá, foi ocupada pela polícia por volta das 7h30 e só liberada por volta de 14h desta quarta-feira (8) com a presença de policiais e investigadores, além de agentes da receita. Segundo Jappe, le colaborou fornecendo a documentação pedida. Três caminhões tanques teriam sido levados para perícia, informou o MP.
No armazém da empresa teriam sido localizadas e apreendidas sacas de ureia, que o transportador alega serem para comercialização em sua casa agropecuária, que funciona juntamente com um supermercado. Os dois ramos e a transportadora, completam o tripé de seus negócios mantidos na localidade.
Coordenou as operações em Horizontina o promotor substituto Janor Lerch Duarte. Ele disse que acompanhou os mandados de busca e apreensão deferidos pela Justiça, designado pelo MP de Porto Alegre. Janor afirmou que de concreto há a comprovação do Ministério da Agricultura de que leite com origem na região estaria adulterado.
Documentos e materiais apreendidos na sede da empresa transportadora serão enviados a Porto Alegre para serem analisados. A apreensão dos caminhões segundo Lerch Duarte, é por que podem materializar provas do crime e a promotoria criminal decidirá os procedimentos nos mesmos, assim como dos documentos apreendidos. Após a fase investigatória é que a denúncia será remetida ao Poder Judiciário. –“ Não há culpa presumida, o transportador está na condição de investigado, não há contra ele sentença condenatória em transitado e julgado, há uma investigação em curso”, alerta.
Em carta aberta a cada família integrada, a empresa transportadora reafirma não estar envolvida na fraude, destaca que confia na Justiça e pede aos produtores atenção com boatos inverídicos e alerta para um possível uso desleal da ação investigatória sendo explorado por terceiros com interesses comerciais.