Vargas marcou os dois gols do Grêmio na partida (Foto: Ricardo Duarte / Agencia RBS) |
Só faltou o sol no primeiro domingo de jogo do Grêmio na Arena. A chuva, no entanto, não impediu a festa da torcida na vitória por 2 a 1 contra o Botafogo, carregada de dramaticidade, pela pressão do adversário nos minutos finais.
Renato, que estreava no estádio, não queria futebol bonito. Ao técnico, ovacionado quando seu nome surgiu no telão, interessava muito mais um time aplicado, que preenchesse espaços e tivesse ousadia ofensiva. Nesse particular, ele não teve motivos para reclamações.
Desde o início, foi possível entender as razões da boa campanha do Botafogo. Envolvente no toque de bola e com velocidade pelos dois lados do campo, o time se impôs ao Grêmio. A 6 minutos, Renato quase marcou em chute forte, que passou por cima. O Grêmio compensava a desorganização com muito empenho. E uma boa dose de sorte, que o fez abrir o marcador logo na primeira investida. A 13 minutos, Alex Telles foi ao fundo e cruzou para o arremate de primeira de Vargas, que venceu Jefferson.
Elano desperdiçou chance para ampliar logo em seguida, ao receber passe de Zé Roberto e chutar no peito do goleiro.
O Botafogo seguiu organizado. A 20 minutos, Seedorf investiu com liberdade pelo meio e acertou um chute potente, sem chances para Dida, e empatou.
A essa altura, já chovia forte, o que exigia maior esforço físico dos dois times. Lodeiro, sem marcação, quase fez o segundo, de cabeça, em cruzamento de Lucas.
A 34 minutos, Vargas aproveitou a paralisia da defesa do Botafogo, que esperava pela marcação de Kleber, e fez 2 a 1. Acertou o árbitro Paulo César de Oliveira, ao não assinalar irregularidade de um jogador sem participação direta na jogada.
O segundo tempo foi aberto com uma providencial defesa de Dida em chute de Marcelo Mattos. O Grêmio respondeu por Alex Telles, com um chute de fora da área, que passou perto.
Como o Botafogo seguia com predomínio, restava como recurso buscar as jogadas longas, para tirar proveito da velocidade de Vargas. As chances de marcar, contudo, eram muito escassas.
Os minutos finais foram de apreensão. Maxi Rodriguez, colocado no lugar de Elano, tentou acionar os atacantes, mas também não teve sucesso. Na última chance do Botafogo, já nos acréscimos, Werley salvou e a torcida festejou como se o Grêmio tivesse feito um gol.