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| Amostra de leite é recolhida durante a Operação Leite Compensado do Ministério Público (Foto: Felipe Truda/G1) |
Após ajuizar ações coletivas de consumo contra as empresas investigadas na fraude do leite, no Rio Grande do Sul, o Ministério Público vai tomar as mesmas medidas contra três indústrias que venderam o produto alterado com água e ureia. Entre as marcas produzidas por elas estão Latvida, Só Milk, Líder, Bom Gosto, Parmalat e Mu-Mu. A decisão foi tomada, segundo o MP, após diversas tentativas para a assinatura de Termos de Ajustamento de Conduta (TAC).
Conforme o promotor Alcindo Bastos da Silva Filho, as indústrias não aceitaram o acordo e as negociações foram encerradas. Além de exigir maior controle de qualidade do leite, o MP quer a garantia de indenização aos consumidores prejudicados. As ações serão ajuizadas nos próximos dias. O MP segue as negociações para a assinatura de TAC com a empresa Italac. Na semana que vem, uma nova reunião definirá as condições do termo.
No início do mês, a 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) manteve a prisão preventiva de dois envolvidos na fraude do leite. Daniel Riet Villanova, de Ronda Alta, e o vereador Larri Lauri Jappe, de Horizontina, tiveram os habbeas corpus negados. Cabe recurso, segundo o TJ-RS. Os dois também tiveram os bens bloqueados pela Justiça em julho. Larri é vereador e proprietário de uma empresa de transporte de leite. Já Daniel é técnico de uma cooperativa paranaense, também investigada na fraude.
