14 novembro 2013

Restos mortais de Jango são transportados do RS para Brasília

Avião da Força Aérea Brasileira faz o transporte até Brasília
(Foto: Josiane Pimentel/RBS TV)
O tralsado dos restos mortais do ex-presidente João Goulart para Brasília foi iniciado na manhã desta quinta-feira (14), em um avião da Força Aérea Brasileira. Inicialmente previsto para decolar às 6h, o avião deixou o aeroporto de São Borja, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, às 7h40. A viagem deve durar cerca de quatro horas, com a presença dos peritos.

Um outro avião se prepara para partir com familiares e autoridades. Este voo fará uma escala em Santa Maria, na Região Central do Rio Grande do Sul, para que os passageiros façam a troca para o avião presidencial.

Como a exumação demorou mais de 18h, as autoridades e a polícia alteraram a programação. Antes, o plano era levar o corpo até Santa Maria, por via terrestre, para depois seguir em um voo até a capital federal.

Após a exumação, que começou por volta das 8h de quarta (13) no cemitério Jardim da Paz, a urna com os restos mortais do ex-presidente foi colocada em um caminhão da Defesa Civil gaúcha por volta das 2h30 da madrugada, com honras militares e coberto por bandeiras do Brasil e de São Borja.

Segundo a ministra Maria do Rosário, a solenidade em Brasília, onde os restos mortais de Jango serão recebidos com honras de chefe de Estado, está mantida para as 10h desta quinta. A presidente Dilma Rousseff e os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Collor de Mello e José Sarney participarão da cerimônia, informou o Palácio do Planalto. Fernando Henrique Cardoso não deverá comparecer, pois se recupera de uma diverticulite.

Após o término dos trabalhos em Brasília, os restos mortais de Jango voltam para São Borja no dia 6 de dezembro, data de sua morte.

O objetivo do procedimento é esclarecer se Jango morreu de ataque cardíaco, como consta na documentação oficial, ou se foi assassinado por envenenamento. Nos últimos anos, surgiram evidências de que o ex-presidente pode ter sido mais uma vítima da Operação Condor, a aliança entre as ditaduras do Cone Sul para eliminar opositores dos regimes além das fronteiras nacionais.