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Até o início da tarde desta terça, a polícia não concluiu a contagem de armas apreendidas, além de meio quilo de cocaína, explosivos e carros também recolhidos (Foto: Polícia Federal/ Divulgação) |
Um empresário de Bento Gonçalves, de 73 anos, é apontado pela Polícia Federal como responsável por manter a Serra na rota do tráfico internacional de drogas. O idoso foi preso na manhã desta terça-feira e conduzido à Penitenciária de Bento Gonçalves. Ele atua no ramo moveleiro e era responsável por operacionalizar o ingresso de maconha e cocaína no Brasil.
A droga vinha do Paraguai e tinha como fornecedor Aristides Ayala Elizeche, 42 anos, um narcotraficante foragido do sistema prisional brasileiro e procurado pela Interpol. Durante sete meses de investigação, a PF juntou imagens do empresário em visita à casa do traficante em Ciudad Del Este.
— O empresário aproveitava a importação de resíduos plásticos recicláveis, que utilizava na fabricação dos móveis, para trazer a droga em fundos falsos de caminhões. A influência dele era tanta com o traficante, a ponto de determinar quem poderia ou não revender a droga na Serra — comenta o delegado da PF em Caxias, Noerci da Silva Melo.
Ayala também foi preso pela polícia paraguaia na manhã desta terça. Dois irmãos que revendiam a droga em Bento, de 47 e 37 anos, também foram detidos. A Operação Antares, comandada pela PF de Caxias, cumpriu pelo menos 14 mandados de prisão e 18 de busca e apreensão na Serra.
Em Santa Catarina, outro braço da investigação, apelidado de Operação Monte Alegre, também efetuou cerca de 12 prisões e cumpriu 8 mandados de busca e apreensão.
A Polícia Federal não divulgou o nomes dos presos na Serra.