15 dezembro 2009

Governo argentino qualifica como graves ameaças de morte a Cristina Kirchner

O chefe de gabinete do governo argentino, Aníbal Fernandez, qualificou como muito graves as ameaças de morte sofridas pela presidente do país, Cristina Kirchner. O fato aconteceu na última sexta-feira, mas só foi divulgado nesta segunda-feira.
Cristina viajava de helicóptero da residência presidencial de Olivos, fora de Buenos Aires, até a casa de governo, quando interferências foram registradas na comunicação entre o piloto e a torre de comando. No áudio dos diálogos é possível ouvir frases ofensivas e grosseiras relacionadas à presidente.
- Aparecem vozes em três momentos, pedindo que matem Cristina. Na segunda interferência toca Avenida de las Camelias (marcha militar argentina) e nas últimas alguém grita "matem-na" - disse Fernandez.
Segundo o chefe de gabinete, as ameaças têm a intenção de amedrontar a presidente. No mesmo dia em que Cristina foi ameaçada, iniciou o julgamento de vários ex-militares acusados de violação de direitos humanos na Escola de Mecânica da Armada durante a última ditadura militar do país, entre 1976 e 1983.
- Nestes últimos dias, o país está cheio de personagens conhecidos por terem visões golpistas e nada pode ser descartado nesses casos. Não podemos esquecer a questão do julgamento dos ex-militares da ESMA. São coisas que poderiam estar ligadas a coisas desta natureza - disse Fernandez.
O juiz federal Ariel Lijo recebeu a denúncia e se mostrou confiante em que "com os recursos tecnólogicos que o Estado tem, será possível saber a origem e o autor da interferência."