01 junho 2010

Brasileira é mantida em prisão israelense, mas passa bem, informa o Itamaraty

O Ministério das Relações Exteriores informou nesta terça-feira que um funcionário da Embaixada do Brasil em Israel visitou a brasileira Iara Lee, retida em uma prisão israelense. Iara Lee é cineasta e estava em um dos navios de ajuda humanitária a palestinos que foram atacados pelas tropas de Israel em águas internacionais. O confronto deixou nove pessoas mortas.
A brasileira confirmou que está bem de saúde e dispõe, na prisão, de alimentos e roupas adequadas. Ela informou que suas bagagens e passaportes (brasileiro e estadunidense) estão retidos por Israel. Queixou-se ainda que as autoridades israelenses exigiram, como condição para a sua libertação, que ela assinasse termo declarando ter entrado ilegalmente no país. Ela se negou a assinar o documento, uma vez que foi presa em águas internacionais.
O Ministério das Relações Exteriores informou que continua em contato com as autoridades israelenses, exigindo a liberação da cineasta. Nesta terça, o governo de Israel divulgou um comunicado reafirmando sua posição em relação aos ataques. As autoridades israelenses acusam os passageiros dos navios de terem provocado o incidente e informaram que pretendem continuar a examinar as mercadorias que entram na região para evitar o fluxo de armas.
No entanto, a versão é contestada pelos ativistas. A Frota da Liberdade, interceptada nesta segunda-feira, é um comboio de seis barcos fretados por várias organizações pró-palestinos que levaria ajuda humanitária à Faixa de Gaza.