01 julho 2010

Central de Regulação e Transplantes apresenta benefícios do novo sistema informa informatizado

A Secretaria Estadual da Saúde estabeleceu a meta de aumentar em 70% até o final do ano o número de transplantes de órgãos. Para alcançar o objetivo, o Complexo Estadual Regulador de leitos conta conta com um novo sistema informatizado, o Aghos, que até dezembro estará presente em 48 hospitais do Estado. Além de permitir o controle e agendamento de consultas e cirurgias, ele possibilitará o acompanhamento em tempo real dos pacientes internados nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs), auxiliando a identificar os casos de possíveis doadores.
O sistema foi apresentado na tarde desta quarta-feira (30/6) para representantes de outros órgãos, como o coordenador do Centro de Apoio de Direitos Humanos do Ministério Público Estadual, Francesco Conti, a promotora de Justiça do MPE, Angela Salton Rotunno, o Juiz de Direito Comarca de Porto Alegre do Tribunal de Justiça do RS, Carlos Eduardo Richinitti - Juiz de Direito Comarca de Porto Alegre do Tribunal de Justiça do RS, o secretário-adjunto de saúde de Porto Alegre, Jorge Della Flora, e o Diretor Administrativo-Financeiro e de Relacionamento com Clientes da Procergs, Antonio Ramos Gomes.
Eles também conheceram o Plano Estadual de Implantação de Organizações de Procura de Órgãos e de Tecidos (OPOs), já aprovado pelo Ministério da Saúde e que aguarda publicação da portaria no Diário Oficial da União para a sua implantação. Ele prevê a criação de organizações descentralizadas em todo o Estado, com a formação de estruturas em hospitais para a contratação de médicos que ficarão responsáveis pela vigilância nas UTI de casos de morte encefálica.
O Aghos já foi implementado em 30 hospitais gaúchos. Até o final do próximo mês ele interligará 48 instituições. O sistema informatizado auxiliará para que se diminua a lista de espera por leitos no Estado, assim como terá o controle das contratualizações com os hospitais, apresentando em tempo real seu histórico de produção..
O coordenador da Central de Transplantes do Estado, Eduardo Elsade, destaca ainda que com será possível diminuir os casos em que o transplante é perdido pois o paciente teve parada cardíaca antes da retirada dos órgãos, que atualmente representa 25% dos casos de possíveis doadores..
O objetivo do trabalho é ultrapassar os 2 mil transplantes por ano. Em 2009 foram realizadas 1.231 doações, contra 1.193 no ano anterior. Em 2010, até o final de abril, eram 418 registros. Atualmente a fila de espera por um transplante de órgão ou tecido no Estado é de 3.036 pacientes.