
A campanha nacional de vacinação contra a paralisia infantil terminou sem que nenhum Estado do País tenha batido a meta de imunizar 95% das crianças menores de cinco anos. Com 88,5% de cobertura, o Rio Grande do Sul tem o segundo melhor resultado, perdendo só para o Paraná.
Durante os seis dias da estratégia, iniciada no sábado passado, 624 mil crianças foram imunizadas - 80 mil a menos que o esperado. O Paraná vacinou 91,45%. No País, a adesão foi de 78,9%. De acordo com os números do Ministério da Saúde - ainda não levando em conta os dados das cidades que não têm acesso ao sistema online -, só 15 mil crianças foram levadas aos postos de saúde, hoje, no último dia da campanha.
Em Porto Alegre, dados atualizados na tarde de quarta-feira indicavam cobertura de 80,2%. Na primeira etapa da campanha, em 12 de junho, 81,6% foram vacinadas. No Estado, a cobertura foi um pouco maior, de 91,7%.
Por que vacinar
O Brasil está livre do vírus causador da pólio desde 1989, quando o último caso da doença foi registrado na Paraíba. Em 1994, o País recebeu da Organização Mundial de Saúde (OMS) o certificado de eliminação da poliomielite. No entanto, enquanto houver circulação do vírus em qualquer região do mundo, é necessário continuar com a vacinação.
A poliomielite é uma doença infecto-contagiosa grave transmitida, sobretudo, pela via oral, e provocada por um vírus. Na maioria das vezes, a criança não morre quando é infectada, mas adquire lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia, principalmente nos membros inferiores.