08 março 2011

Colheita mecânica da uva garante maior eficiência na Fronteira Oeste

Máquina passa nos vinhedos sacodindo
plantas que caem dos cachos
Cerca de 150 dos 600 hectares de vinhedos da Almadén em Santana do Livramento, na Fronteira Oeste, terão colheita mecânica nesta temporada. A utilização de máquina garante maior versatilidade e eficiência.
Com 4,30 metros de comprimento, o equipamento da marca francesa Pellenc corre por cima da plantação, com sete braços metálicos de cada lado. O vinhedo fica no meio, entre as rodas do equipamento. À medida que passa por cima da planta, a sacode, fazendo com que os cachos de uvas caiam em um recipiente. Deslocando-se a 3,5 quilômetros por hora, a máquina opera com 480 a 500 sacudidas por minuto.
Comum em tradicionais regiões na produção de vinhos, como França e Chile, a colheita mecanizada é inédita no país, conforme a vinícola. Engenheiro agrônomo da Almadén em Livramento, Fabrício Domingues explica que a máquina é totalmente adaptável, podendo ser regulada a força e regularidade da sacudida. A fruta não é danificada, acrescenta.
— Este é um ano de testes, mas estamos muito satisfeitos com os resultados. O principal benefício é poder escolher a hora da colheita, o que altera o sabor da uva. Com o trabalho manual, não podíamos colher à noite, por exemplo — explica Domingues.