Dilma destaca educação e inovação tecnológica Crédito: Fabiano do Amaral |
A presidente da República, Dilma Rousseff, esteve presente à posse da nova diretoria da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) e do Centro das Indústrias do RS (Ciergs) – que terão Heitor Müller como presidente pelos próximos três anos. Em sua segunda visita oficial ao Estado desde que assumiu o Planalto, ela destacou a importância na educação profissional e na inovação tecnológica.
A presidente desembarcou em Porto Alegre por volta das 18h30min e chegou na sede da Fiergs pouco antes das 20h, que era o horário previsto para o início da cerimônia. A posse da nova diretoria começou apenas às 20h40min, momento em que todos as autoridades já estavam no palco do Teatro do Sesi. Depois do final da cerimônia da posse, cerca de 22h20min, ela rumou para o aeroporto Salgado Filho, de onde embarcaria para Brasília, conforme a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto.
Assim como o novo presidente da Fiergs, que se mostrou preocupado com a formação profissional, Dilma destacou a importância desta medida. Ela ressaltou que o plano de desenvolvimento produtivo do governo distribuirá “75 mil bolsas públicas, Capes e CNPq, nas 30 melhores universidades do mundo”, conforme disse. As áreas beneficiadas serão engenharia, ciêncais exatas, tecnologia da informação e ciências médicas. “Um programa estratégico para o país para que a pesquisa e inovação seja de fato uma realidade.”
“Será muito oportuno que o empresariado brasileiro ajude o Brasil a formar massa crítica que se constitua numa fonte de condições de conhecimento para que o Brasil produza profissionais nas áreas de pesquisa, invenções e sobretudo inovação” , conclamou ao público. “É o salto que os países emergentes fazem sistematicamente nos últimos anos.”
Dilma promete ser parceira do Estado e da Fiergs
Em seu discurso, Dilma rasgou elogios ao agora ex-presidente da Fiergs, a quem definiu como uma pessoa inovadora e com “extraordinária capacidade em construir acordos”. Ao seu sucessor, Heitor Müller, garantiu que o governo federal será afinado com a federação. “O governo do Rio Grande do Sul e a Fiergs terão no governo federal mais que um amigo, um parceiro na promoção do desenvolvimento do Estado.”
Definindo as crises nos Estados Unidos e na zona do euro como “um momento de grandes desequilíbrios financeiros na economia mundial”, Dilma elogiou e defendeu a política brasileira nesta área. “Desde o início do meu governo estamos de forma firme e decidida, mantendo a inflação sob controle e realizando uma política fiscal bastante austera”, discursou, citando os números positivos do primeiro quadrimestre, em que, segundo ela, o governo atingiu “metade do superávit previsto para o ano, mantendo a taxa de crescimento compatível com o Brasil”.
Brasil pode ser uma das maiores economias do século, afirma Dilma
Ela ainda ressaltou que “o Brasil é capaz de superar turbulências” e comparou o País aos outros integrantes do Brics (Índia, China e Rússia), observando: “Temos algumas diferenças a nosso favor, uma delas é que não abandonamos a nossa população nos últimos dez anos”, afirmou. “Temos certeza que o Brasil pode, de fato, se transformar numa das maiores economias deste século”, encerrou, bastante aplaudida na posse da Fiergs.
Empresariado sai sem resposta objetiva
Para os empresários que esperavam indicações de redução nos juros, nos tributos ou aprimoramentos na legislação trabalhista, o discurso de Dilma Rousseff foi de certa forma frustrante. Os pleitos do setor empresarial, todos citados nos discursos que antecederam a manifestação de Dilma, ficaram sem um resposta objetiva. Nos discursos anteriores ao de Dilma, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, e Heitor Müller cobraram menos taxas de juros e tributos. Acabaram sem a sinalização de atendimento imediato das reivindicações.