14 agosto 2012

Crissiumal: Usina hidrelétrica deverá iniciar atividades no final do ano

Foto: Leila Ruver - Guia Crissiumal
A Usina hidrelétrica Caa-Yari, de Crissiumal, deverá iniciar as suas atividades no final do ano, ou, no máximo, no início de 2013. A barragem está sendo construída no Rio Lajeado Grande, na localidade de Lajeado Guabirova, divisa com a localidade de São Pedro, Tiradentes do Sul. Atualmente, a sociedade que é proprietária da obra e irá administrar a Usina é composta por Marco Aurélio Nedel e José Alberto Eick (ambos nascidos em Crissiumal). José é um dos proprietários da Eick Incorporadora de Imóveis, que recentemente doou um terreno para a construção de uma escola municipal em Crissiumal.

A obra da Usina iniciou em 2006, e a mesma terá duas turbinas, de 0,6 Mega Watts cada, totalizando 1,2 Mega Watts que serão comercializados pela mesma. Os processos mais demorados da construção estão prontos. De agora em diante, o trabalho de maior dificuldade será a instalação das turbinas na casa de máquinas.

Uma das turbinas já está no local, e a outra deverá ser entregue em breve. Ambas deverão ser instaladas até o final de agosto.

A Usina é uma Central Geradora Hidrelétrica (CGH), de pequeno porte, onde, segundo o site da empresa Eick as CGH's, são feitas na maioria das vezes em rios de médio e pequeno porte que possuam um desnível expressivo durante seu percurso, gerando assim potência hídrica o suficiente para movimentar as turbinas.

Geralmente, uma CGH opera a fio da água, ou seja, o reservatório não possibilita a regularização do fluxo da água. Dessa forma, em épocas de estiagem, a vazão disponível pode ficar menor que a capacidade das turbinas, o que leva à ociosidade. Em outras circunstâncias, as vazões são maiores, o que leva a passagem da água pelo vertedouro. Isso faz com que o custo da energia elétrica gerada pelas CGH's seja maior que de uma usina de grande porte, onde o reservatório pode ser operado de forma a contornar a ociosidade ou os desperdícios de água. Porém, as CGH's são usinas que trazem um menor impacto ambiental e ajudam na geração descentralizada da energia no país.

Por orientação da FEPAM, todas as árvores da área que será alagada foram cortadas, visto que, se ficassem em baixo d'água, seriam prejudiciais ao rio, devido à liberação de dióxido de carbono.

Todos os procedimentos de construção estão dentro da legislação ambiental. É extremamente importante o conhecimento de todos da proibição de pesca no rio, seja durante a execução ou após o término da obra. Acampamentos na área de preservação e a soltura de animais para pastar nos arredores do lago também são proibidos.

A empresa ainda realiza um importante trabalho de reflorestamento nas proximidades.

Dados técnicos da Usina

Potência: 1,2MW/h
Queda útil: 12,5m
Vazão: 13m³/s
Altura da barragem: 7,7m
Comprimento da barragem: 120m
comprimento do canal: 180m
Área de alague: 5,2ha
Área do lago formado: 10ha

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