27 maio 2013

Amostras de leite no Paraná não tinham formol, diz secretaria

MP-RS diz que o leite batizado era transportado até a
Confepar, do Paraná (Foto: Felipe Truda/G1)
As primeiras análises feitas pela Secretaria da Saúde (Sesa) do Paraná, em lotes de leite suspeitos de terem sido adulterados, não encontraram qualquer indício de irregularidade. A informação foi divulgada pela Sesa nesta segunda-feira (27). Ao todo, foram analisadas dez amostras, de quatro marcas diferentes.

O Laboratório Central (Lacen) procurou verificar a existência de componentes que pudessem alterar a qualidade do leite, entre eles o formol. Todas as
amostras foram recolhidas de produtos vendidos em Curitiba, Colombo e Londrina.

O Ministério Público do Rio Grande do Sul, (MP-RS) e a Polícia Civil gaúcha investigam a adulteração do produto, que seria promovida pelos transportadores. Uma das empresas suspeitas de ter comprado leite adulterado dos transportadores é a cooperativa Confepar, do Paraná, que nega ter adquirido o produto com problemas.

De acordo com a Sesa, o Lacen deve receber nos próximos dias outros reagentes para verificar a existência de mais tipos de produtos químicos, como a uréia, amido, cloreto de sódio e água oxigenada.

A secretaria informou que os produtos adicionados aos lotes suspeitos eram colocados em pequenas quantidades e que, por essa razão, os consumidores nem sempre percebiam a diferença.  O problema, porém, é que no caso do formol o consumo prolongado pode vir a causar doenças, como o câncer.

‘Leite das Crianças’
Ainda nesta semana, o Lacen deve realizar análises em amostras dos fornecedores do programa do governo estadual “Leite das Crianças”, para verificar se há a existência de produtos químicos que possam ser usados para aumentar o volume do leite entregue.